sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Vida

Thanks for coming here! Now you are on my BLOG, the most important reason for me to had any video on my VLOG. I love write anything that came to me. If you love to read, just continue here, reading me. Thanks again.

A vida é, não apenas um milagre - afinal estamos em um planeta que é quase uma exceção dentre muitíssimos outros, e que possui todas as características necessárias para abrigar uma vida. E mais do que o milagre, ou chame de sortilégio, o fato de vivermos, o mais interessante é que o Universo todo não faz outro sentido sem a vida. Por isso Carl Sagan disse aquilo, que somos um milagre. Por isso o nosso pontinho azul, imerso no acolchoado universal de poeiras estelares - em tamanhos diversos, em combustão ou não, solitárias ou acompanhadas -, por tal motivo aqui  na Terra é que devemos valorizar ainda mais a vida existente.
O extermínio acontece, chega a ser comum. Contudo, além de temerosa e indesejada, a guerra é a mais louca comprovação humana de que não damos o mínimo valor às vidas deste planeta. Seja lançando bombas no front de batalha, seja lançando lixos nas ruas das cidades. Que aí está uma forma de guerrearmos, tresloucadamente, contra o meio em que vivemos. Contra a nossa própria vida, e a de outros animais. E aos bocados vamos exterminando esse bem, essa capacidade que temos que viver e gerar mudanças. Por pequenas que sejam, em proporção universal.
Por isso só peço que repense na forma como vê as vidas, tuas e a de todos os outros seres vivos. Desde plantas, bactérias, insetos e demais. Alguns terão sim que morrer, inclusive nós morremos por isso ou aquilo. Porém, quando se puder escolher entre matar ou não, tente talvez manter mais uma vida: viva.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Be black


 Thanks for coming here! Okay, if you don't know speak portuguese, you will need the Google Page Translate to continue your reading. It's because I'm not a english speaker, nor writer, my fluency percent is 30 or less. So thanks for your attention.

   Ser negro não é só ter mais melanina. Não é ser escurinho, apenas. Nem mesmo possuir o cabelo ruim, duro de pentear. Os lábios escuros, com um deles rosado - quase vermelho, como se estivesse usando batom. - Também não é viver num estado de miséria, muitas vezes sem um nada para comer. Num país de guerra, mortes, ou numa favela de uma cidade qualquer.
   Ser negro é ter que suportar um ensino público, por que seu pai não tem condições para um ensino particular. É ter que comer arroz, com feijão e bife quase todos os dias. É ver os amiguinhos da escola te zoando por que você é mais escurinho. É entender que você precisa ficar quieto quando for o único preto da sala, pois se falar você quer se aparecer. E mesmo quieto ainda vão falar algo de você.
   Vista uma roupa nova e cara, de marca. Falarão que você quer esnobar o que não tem. Vista-se com seus trapos, vão te humilhar dizendo para se comportar como gente. Ou ainda terão dó, engraçado não é? Dó de você ser pobre, igual boa parte das pessoas hoje o são, e talvez dirão: ele não tem condições de uma roupa melhor.
   Ser preto é ser barrado por um policial na rua, com o uniforme do seu trabalho. E ser questionado com a arma apontada para o seu rosto, o porque você carregava um molho de chaves na mão àquela hora da madrugada. As chaves da sua casa. Ou fossem as chaves do seu carro. Moto. Engraçado tudo isso.
   Ser preto é ouvir um garoto de dezoito anos dizer que você não faz nada direito, apenas por que tem a pele preta, igual a um asfalto. E depois aguentar uma porção de xingamentos dos mais escrotos. Só porque cometeu um erro. É ter que olhar toda essa situação e ser forte o bastante.
   Forte para entender a diferença entre uma brincadeira de amigo - que te xingou de preto -, e a incumbência desregrada e desrespeitosa de alguém que literalmente está te maltratando por ser quem é. E compreender que, se aquela criança de cinco aninhos está com medo de você e sai chorando porque a mãe ensinou que ela deveria temer os negros, essa mesma criança ainda irá crescer e talvez desenvolver uma cultura livre do preconceito.
   E temos que ser fortes para não ficar de mimimi por aí, fazendo objeção a toda e qualquer palavra dita para nós, que tenha origem racista ou não. As coisas mudam, e as situações são adversas. Às vezes era só mesmo uma zoeira.
   Fortes para buscar ser duas vezes melhor, como me ensinou um rap que ouvi outra vez na casa de um amigo caucasiano - e que parecia ser mais preto do que eu.
   E entender que os estigmas sociais demoram muito tempo para serem superados. E que mesmo que a Isabel tenha assinado a carta no século retrasado, o etnocentrismo continua vivíssimo e intrínseco nalgumas culturas ou em certas pessoas, ainda famílias. E entender que isso não pode ser combatido com ódio, mas com garra. Assim como João Candido fez, e inúmeros outros nomes da história fizeram. Buscando talvez não que o negro fosse melhor do que o branco, mas tivesse direitos iguais.
   Então, você já sabe né: sem essa de tratar o pretinho da sua sala, casa, família, igreja ou qualquer outro lugar, de forma diferente. Ele é humano. Tem uma vida batendo ali. E nego, sem essa de querer se aproveitar das situações e ficar chorando por ser da etnia que é. Não escolhemos a intensidade de melanina que teremos ao nascer, portanto, aceite a sua pele, cuide bem dela e do seu estilo. E seja feliz, cara - ou mina. Busque seus sonhos com todo o afinco possível, da melhor maneira possível. Viva. E isso vale para os preconceitos contra homossexuais, trangêneros e com a própria mulher. E preconceitos que as crianças sofrem também. Pois é, eles existem. Vamos lá, pessoal, vamos construir uma sociedade melhor. Só assim poderemos ser pretos.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Vivi?



Nascemos humanos,
Choramos animalescos.
Recebemos o primeiro tapa,
A primeira chupeta, o andador.
Flor da Vida, encontrada também no Templo de Osiris.
Fonte: Google Images.
As fraldas são trocadas a cada
Nova cagada que fazemos, na vida.
Ganhamos os primeiros presentes,
Geralmente roupas, sapatinhos e demais.
Bebemos o leite, animalesco e maternal.
Andamos. Caimos. Levantamos, chorando.
Animalescos.

Crescemos querendo os porquês,
Vendo as borboletas, as flores, os animais.
Animalescos. Impressionamos com o monkey,
Com a cobra, a onça, e o zoológico todo.
Mordiscamos o primeiro amor da vida,
Mesmo tendo antes amado tantas coisas e pessoas,
Ainda assim queremos dedicar olhos para o nosso Um.
Enlaçamos. Brigamos, berramos. Cuspimos. Choramos.
Animalescos.

Daí encontramos o primeiro emprego, as roupas crescem.
Os sapatos aumentam, adquirimos os apetrechos da beleza.
Todos. E temos as primeira moedas, as primeiras compras.
E gastamos aqui e ali. Nas festas, saideiras, socializações.
Falamos, comemos, bebemos, sorrimos. Animalescos.
Envelhecemos, nascemos nossos filhos. Educamos-os.
E chegamos a uma certa idade em que vamos morrer.
Simplesmente isso. E talvez temos esse ciclo vitalício,
Se tudo correr bem. Ou como supomos bem.
Olhamos para o capuz que se aproxima, o véu tênue
E puído que nos encobre o rosto. Ganhamos um féretro.
Madeira da boa. Moramos sob a terra. Animalescos.
Viramos um monturo de ossos. Somos esquecidos,
Ou lembrados. E a vida passa. A vida passa diante de nós.

Nascemos, humanos. Animais. O humus.
Amamos, odiamos. Gostamos, repudiamos.
Abraçamos, empurramos. Vivemos, matamos.
A terra. Morremos, humanos. Animalescos.
Vivi?

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Pelas crianças

  Ergueu a mão, o punho cerrado num gesto agressivo. Ria quase desenfreadamente, um rir cômico e talvez até feliz. A dor nos meus ossos do corpo eram constantes, mas tinha que suportar. Era pelas crianças, pensava comigo enquanto mordia minha língua segurando a dor que viria. Socos e mais socos, pungentes e rápidos. Tentei proteger a cabeça com a mão, tarde demais, meus olhos já estavam sendo esmurrados. E as costas chutadas, o cabelo repuxado. Senti o sabor peculiar de sangue, misturado com o sal das minhas lágrimas. Relanceei aqueles olhos doentes, era ela mesma: a pessoa que eu havia escolhido. Que me levara flores e bombons, me dera beijos e mais beijos. Pedira a minha mão em casamento. Jurara amor eterno nas noites mais belas. Restaurantes, festas, família e amigos. A vida tinha mudado por completo e era eu ali no chão. Não frágil, mas supostamente indefesa. A dor era única e constante. Os murros e chutes não paravam. Eu não entendia muito bem, e não era algo para ser entendido. Era eu uma mulher que apanhava do marido. Motivo: mulher ter nascido.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Étiquette1 do mundo contemporâneo

  Vivemos em um mundo em que tudo precisa ser bonitinho, certinho. É preciso andar correto, andar nas linhas e ter as rédeas sociais bem aprumadas - de modo a não escapar louco por aí. Do que estou a falar, leitor? Já te mastigo o assunto, aguenta aí.
  Estava eu caminhando pelas páginas da web quando me deparei com um artigo que falava sobre expressões racistas, as quais deveríamos tirar de nosso quotidiano. Claro que fui de acordo com o tema optado, afinal sei bem que o país sofreu mais de 300 anos de escravidão, e que muitos foram os estigmas que acabaram implantados. E tais marcas ainda permanecem, com bastante clareza quando paramos para analisar que tudo o que é relacionado ao preto é ruim ou faz mal. "Serviço de preto", "galinha preta da macumba", "Não sou tuas negas" e muitos mais termos designam a nossa sobrepujância para os lados do racismo. Do etnocentrismo, para se adequar melhor. Contudo, o que me chamou a atenção ao artigo foi o fato de que a sociedade, louca como já o é, anda se enredando por ruas de desesperada fragilidade. Já definho, segure as pontas.
  Somos frágeis bonecos humanos dentro de redomas de cristal, vivendo as nossas frágeis vidas de dias solitários e ignorantes. Frase forte, não? Pois é, a realidade é simples e existente.
  Certa vez li um filósofo, inclusive ele é professor de filosofia numa das mais renomadas universidades brasileiras, e esse senhor dizia que a sociedade atual busca uma falsa base de conceitos a que se apoiar. Do que digo? Sabe, dizem que é preciso ter ética, ou seguir regras de etiqueta. Não podemos mais ser rudes, ou naturais. Temos que a todo o momento controlar os nossos atos, para não sair das comunais aparências robóticas. Seja educado, menino! Fique quieto! Fale baixo! Não xingue! Não use jargões! Não faça nada. Não viva.
Tronco, instrumento de tortura. Um dos três "P" da escravidão.
Fonte: portalbei.com.br
  Daí, o leitor me questiona o que tem o artigo do racismo a ver com isso tudo. E eu respondo: tenho minha cor como preta, embora meus documentos afirmem que sou de etnia parda. E adoro isso. Principalmente esse termo preto, a que muitos têm medo de usar - tem que falar negro, preto é feio falar. E mais, é feio usar "a coisa 'tá preta", "não sou tuas negas" e mais outros termos pois são todos de cunho racista e vão aumentar o racismo. Claro, não sou a favor, em hipótese alguma seria, de que haja aumento no racismo. Afinal eu sofro mais com tudo isso. Porém, acho exagero você ficar se controlando dia após dia, frase após frase, tudo o que vai dizer. Com receio de ferir a outrem.
  Em suma, tenho amigos que me chamam sim de "pretinho", "neguinho", "preto feio" e muitos outros apelidos. E não ligo, porque são meus amigos e estão com a liberdade - eu vou xingar eles de volta, entende? Eu não vou usar nenhum termo racista num vídeo para a internet, ou numa conferência, numa palestra ou quaisquer outros lugares que eu sei existir várias pessoas desconhecidas. Elas podem não gostar, afinal vivem num mundo onde tudo é certinho. Porquanto, devo estar errado, talvez, na minha opinião sobre esse assunto. Não sei, o leitor me diz aí o que acha. Porque se depender de mim eu deixo - alguns seletos amigos - me xingarem do que for, e os xingo de volta. E quando falo assim não me refiro à rodinha dos melhores - que devem ser uns dois - amigos, mas uns que raramente vejo e ainda assim possuem essa liberdade. Não me sinto rebaixado, nem penso estar alimentando o etnocentrismo. Talvez esteja é matando de fome a necessidade dessa população em corrigir cada passo que dou, em fazer um mundo onde tudo é certinho. Robótico.

1. Do francês, etiqueta.