quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Vida Quotidiana

  Sentei-me naquela padaria no centro da cidade, o lugar mais do que adequado para observar o fluxo que percorria nas ruas do comércio. Fitei a vida acontecendo lá fora, pessoas apressadas com o smart no ouvido, outras tranquilas com suas crianças de colo. Uniformizados ou não. Sociais ou em vestes do dia-a-dia. E eu ali, no balcão mais propício voltado para a rua. A fitar de leve aquele momento todo decorrendo, de animais buscando suas responsabilidades. Lembrei-me, de súbito, que estava ali por que havia adquirido responsabilidades também. E era eu a me embeber de um copo de chocolate gelado, preparado pela garçonete. Aliás, qual era o nome dela? Assustou quando fiz esta pergunta, e me respondeu sem preâmbulos: Lourdes.
Okay, não era Lourdes, mas o autor aqui se esqueceu do nome da garçonete. Tenho o costume de me esquecer de diversos nomes. Fiquemos com Lourdes mesmo, vem a calhar. Sorri, comprazido pela resposta, e logo disse o meu: Vítor. Tudo bem? Tudo bem. Eis o diálogo instantâneo entre um novo cliente da padaria, e a garçonete que me servirá por uns dias aí o chocolate gelado. E pensando bem, gostei tanto da bebida, que não fiz em perguntar qual o chocolate usado ou o leite. Apenas virei de lado, recostando no balcão com o copo na mão. E tornei a vislumbrar a natureza frequente na vida dos animais urbanos. Sorri, era eu um animal saciando minha sede por cacau, sacarose e galactose.

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