terça-feira, 6 de novembro de 2012

Lamentos do tempo

Fonte: Google Imagens.
      Às vezes, em momentos de silêncio ou de pura reflexão, desejo ser o dono do tempo. Para poder retroceder aos anos já passados, da minha infância, da juventude. Aquele tempo que foi tão rápido, tão despercebido que sequer tive  tempo - hilária comparação - de aproveitar. Sinto-me então um epitáfio, que igual à música do Capital, desejo ter aproveitado mais todas as coisas. Assim, ponho cá um conselho de amigo, de parente, de humano: cative cada segundo. Saiba viver todos os segundos, pois o amanhã, meu querido, é tarde demais. Enfim: saudades minhas dos tempos velhos passados que jamais, jamais voltarão para sequer animar a alma. A conclusão que tenho é que estou ficando velho, infelizmente. Um velho de dezoito anos, engraçado não? É bem assim, sinto-me um velho jovem por que estou distante da minha infância. Distante da família, dos amigos. De tudo. Construindo minha vida para depois vir o tempo outra vez, tão ardiloso e sóbrio, e destruir tudo aquilo que bem fiz. E lá vai estar eu novamente, é certo que em algum lugar diferente pós-morte, lembrando do tempo passado. Lamentando o tempo perdido.

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