quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Lápis

Pego o lápis e aqui estou novamente. Dedos firmes, olhar adiante, sorriso contente. Miro a folha, nada além do horizonte. Me saem palavras, me veem mais frases, me torno viva fonte. Jorram de mim textos conexos e pensamentos. Corpo servil, pele sangrenta, olhares atentos. Sirvo ao Rei das Escrituras, dono do mundo, poder de tudo. Não, não é Deus, é pois senão o Rei das Loucuras. Não, não é Deus quem a mim dá os textos que ponho. Não sei quem é, não sei o dono, apenas componho. Desculpa se firo a fundo, machuco no mundo teus sentimentos. É que não sei aonde errei, mas ouça meus lamentos. Desculpa se crê, não sou bem contra, apenas não sei quem neste mundo se põe a escrever. Um ser que não lê, mas sempre apronta e não me deixa, não me deixa livre viver.

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