terça-feira, 22 de novembro de 2011

O castelo

O sino bate distante, a chuva fina cai sobre a terra, molha todas as plantas. As árvores rumorejam sons estranhos com seus galhos, conforme o vento um pouco forte bate nelas. Folhas amarelecidas são lançadas ao longe, a grama que se espalha por todo o lugar encharca com a água. O grande castelo se eleva no alto do monte, magnífico, único. Suas paredes construídas em blocos enormes e pesados de pedra trabalhada, os portões altivos duplos em madeira de carvalho. Imperante, poderoso. Quem poderia, humano ou criatura, animal ou monstro fabuloso, invadir tamanho forte? Destruir tão duras paredes e por abaixo grandiosa porta. Não há quem derribe nas gramíneas do campo em volta o Castelo de São Minestróique, protegido pela aparência e de secular convivência. Monumento histórico cercado da mais pura magia humana, tornado em relíquia primordial para toda a sociedade. A história tentou destruí-lo, as palavras tentaram quebrantá-lo. Mil exemplares de homens apareceram perante ele e ali batalharam. Uma batalha que durou alguns anos, não muitos. Dezessete para ser correto. E de nada adiantou, forças travadas em vão. O castelo permaneceu, vivo. Teve uns ferimentos e perdeu uma de suas duzentas torres. Contudo, ainda assim resistiu. Valente, guerreiro. Os portões, sempre abertos, por incrível que te seja. Mas a magia ali predomina, e a magia é o amor.

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