sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A esperança não morre sozinha

      Dias atrás, talvez já faça um mês inteiro passado, veio bater em minha porta um casal de idosos. Na verdade não pensei que fossem velhos, os coitados. Pareciam, juro, ter cada um no máximo cinquenta anos; nada mais. E pediram comida, e eu dei comida. Dei também água, lamentando não ter suco para lhes dar. Disseram estar viajando há tempos, na busca de chegar ao Mato Grosso e reencontrar o pai de um deles. E matar as saudades, mas matar, principalmente, a fome. Erradicarem - pobres sonhadores - a pobreza que eles têm. Fiquei triste, leitor. Fiquei muito pra baixo após ver aquele casal, que afirmaram ter sessenta anos e mais, tão miseráveis, tão esfomeados. Dei todo o meu arroz, coloquei tudo no prato junto com minha mistura do dia: hambúrguer. O interessante é que, depois de ter feito esta boa ação, os dois desejaram a mim e minha esposa um ótimo futuro. E que Deus me desse tudo em dobro. Fiquei, então, feliz. Imaginando que fazer o bem, não importando a quem, sempre é uma ótima ação. Sempre. Com direito a toda a certeza do mundo. Eis por que escrevi este texto: para lembrar que devemos amar uns aos outros.
FONTE: Agir Diferente Blog
      Aquele casal, leitor, de maneira espontânea e, certamente amigável, amaram ao fato de eu ter-lhes dado comida. E assim eles acabaram amando a minha pessoa generosa, gentil, honesta - como disseram ser. O típico amor repentino, gerado naquelas ações ainda mais repentina, e que é capaz de mudar muita coisa. Ainda que não pareça. Ademais: espero que o casal tenha conseguido realizar o sonho que tinham. E é certo que conseguiram, pois pelo que sei a esperança, caro leitor amigo, é a última que morre. E não morre sozinha viu!

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