Dias atrás, talvez já faça um mês inteiro passado, veio bater em minha porta um casal de idosos. Na verdade não pensei que fossem velhos, os coitados. Pareciam, juro, ter cada um no máximo cinquenta anos; nada mais. E pediram comida, e eu dei comida. Dei também água, lamentando não ter suco para lhes dar. Disseram estar viajando há tempos, na busca de chegar ao Mato Grosso e reencontrar o pai de um deles. E matar as saudades, mas matar, principalmente, a fome. Erradicarem - pobres sonhadores - a pobreza que eles têm. Fiquei triste, leitor. Fiquei muito pra baixo após ver aquele casal, que afirmaram ter sessenta anos e mais, tão miseráveis, tão esfomeados. Dei todo o meu arroz, coloquei tudo no prato junto com minha mistura do dia: hambúrguer. O interessante é que, depois de ter feito esta boa ação, os dois desejaram a mim e minha esposa um ótimo futuro. E que Deus me desse tudo em dobro. Fiquei, então, feliz. Imaginando que fazer o bem, não importando a quem, sempre é uma ótima ação. Sempre. Com direito a toda a certeza do mundo. Eis por que escrevi este texto: para lembrar que devemos amar uns aos outros.
FONTE: Agir Diferente Blog |
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