sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Poema: Passarinho

Parte II - Da feiura

Ela morreu, então, assim.
E que triste fim deram a ela.
Não teve caixão, nem choro,
Nem coro que cantasse, nem vela.

Não teve mulher que lamentasse,
E guardasse para si melancolia.
Não teve homem que a amparasse,
E a retirasse daquela magia.

Morreu tragicamente,
Mas magicamente se aquietou.
Coitada dela, tão machucada,
E maculada ela ficou.

Cresceu em virgindade,
E na mocidade acabou por viver.
E um moço valente,
Talvez decente, mostrou parecer.

Ó, Deus, que grande feiura,
Em sua amargura de triste fim.
Tenha piedade, Pai, tenha piedade
Que grande maldade, pensasse em mim.

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